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Filosofia para blogueiros.

Porque eu sei que o internauta não gosta de textos cumpridos, e isto por duas razões fáceis de compreender, que consiste primeiro no conforto visual e segundo com a prosposta própria dos blogs que dá primazia ao texto descompromissado que ao científico, tirei os meus artigos da página principal, arquivando-os. De qualquer modo, se o leitor quiser uma leitura científica, com referências e citações de acordo com as normas da ABNT, é so seguir a lista dos marcadores, especificamente a que trata do assunto da fundamentação última da Filosofia na contemporâneidade.
Há várias correntes e linhas de pesquisas para uma fundamentação última para o saber e o agir humanos: a materialista, a idealista, a existencialista, a pragmatista, a fenomenológica, a analítica, a niilista, a perene e assim por diante. Nesses artigos, falo sobre a via pragmatista; de dois filósofos especialmente: Charles S. Peirce e Karl-Otto Apel. O segundo, influenciado pelo primeiro, coloca a linguagem anterior ao pensamento como forma de conhecer, pensar, refletir, fundamentar e conferir validade ao conhecimento humano enquanto tal. Numa critica bem simples do filósofo da linguagem ao filósofo da "consciência" é esta a seguir: experimente pensar sem a linguagem, para ver se consegue!
É uma crítica muito pertinente, tal como aquela que o filósofo idealista diz ao filósofo materialista: escute, por acaso você já viu uma idéia andando por aí? Se não, por que diabo você me diz que tudo é matéria? É a expressão mais superficial de toda uma filosofia, e quando digo superficial não me refiro ao surpléfuo, e sim o que está na frente, como um slogan eu diria. Parecida com estas duas, há aquela pergunta que o realista diz para o pensador solipsista, do idealismo absoluto: se você acha que tudo é um sonho dentro de um sonho, por que você não bate a cabeça contra a parede, para ter certeza do que está falando?
De fato, a pergunta se é possível pensar sem a linguagem é bastante pertinente, mas não é completamente acurruladora. Tanto é que o filósofo idealista consegue esquivar-se, afirmando que antes da linguagem vem a percepção da realidade, sem a qual seria impossível a própria linguagem e interpretação do mundo. Por hora, explicitarei aqui, em linhas gerais, a filosofia que considera a linguagem como instância primeira e fundamental do saber - e aqui falarei explicitamente da Filosofia de Karl-Otto Apel. Em seguida, falarei sobre a filosofia que considera o pensamento a fundamentação última do saber. Por outro lado, não posso deixar de dizer que essa é a segunda questão do problema sobre a fundamentação última das Ciências e da Filosofia, pois há a hipótese de que não seja possível tal empreendimento.

Filosofia de Apel afirma:
1. A linguagem não é apenas um instrumento de comunicação do pensamento, e sim a condição de possibilidade e de validade do próprio pensar.
2. Isto porque no processo do conhecimento há uma relação triádica entre o sujeito, o objeto e o signo - este último, desconsiderado pela filosofia da consciência, em que se prendia apenas na relação sujeito-objeto, própria do pensamento solipsista.
3. O próprio ato de argumentar pressupõe, a priori, que existem regras no discursar, cujas regras não são de um sujeito trasncendental, e sim do sujeito, de um co-sujeito e da interpretação semântico-pragmática dos signos. Portanto, o conhecimento não é nem objetivo, nem subjetivo: é antes intersubjetivo, isto é, se dá entre a subjetividade dos sujeitos.

Filosofia que tem o pensamento como instância primeira do conhecimento:
1. O primeiro conhecimento que temos é intuitivo: o saber de si-mesmo: penso, logo existo; existo, logo sou, logo penso. É uma intuição primária, sem a qual seria impossível conhecer: porque eu sei de mim, posso saber do resto, dos demais, dos objetos, dos outros.
2. É um ato espiritual, inato no ser humano.
3. É a partir da intuição que podemos dintinguir as coisas, separá-las, nomeá-las, dar significados e assim por diante.

Crítica a esta teoria do conhecimento: ela é solipsista, pois não considera o outro.
Crítica à semiótica transcendental de Karl-Otto Apel: a semiótica não tem pretensões de fundamentos últimos, principalmente a Peirciana.
E você, o que acha?
É possível uma fundamentação última para o saber e o agir humanos?
O que dá condição de possibilidade ao conhecimento, a intuição ou a linguagem?

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